
REFORMA POLITICA:
Decreto a extinção dos Partidos Políticos...
“Não faz sentido eleger homens, precisamos eleger ideias, programas, metas e sonhos.”
João Henrique
As principais reportagens dos últimos tempos é a reforma politica. O nosso majestoso vice-presidente Michel Temer encampou essa luta, coisa que não fez quando presidiu a Câmara dos Deputados. O principal ponto defendido pelo vice-presidente é acabar com a eleição proporcional para as casas legislativas: Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores seriam eleitos pela quantidade de votos. Os mais votados serão os eleitos. Isso é: quem for celebridade ou tiver prestigio, como Tiririca tá eleito, ou dinheiro e muito, como é o caso de uns que estão lá representando o povo assalariado. Que terão que sobreviver com R$ 545, que nossos deputados chancelaram.
Não compreendo como em uma democracia pluripartidária alguém tem coragem de defender essa aberração. A incoerência é grotesca, veja só: O Supremo Tribunal Federal decidiu que o mandato pertence aos partidos, com isso ficou caracterizado que o Partido é o esteio da politica nacional, logo não tem cabimento propor que os votos em um único candidato seja pressuposto de representação partidária.
Quando se instituiu o voto proporcional foi levando em conta à ampla e irrestrita representação partidária no poder legislativo. Tanto que todos os partidos políticos tem seus estatutos, programas e seus manifestos, com a decisão do STF ficou tácita que os “eleitos” devem seguir as determinações de seus partidos.
O deputado “X” representa a vontade de um número de eleitores que optaram pelos candidatos de um determinado partido, mesmo que seja eleito com vinte mil ou um milhão de votos, o “eleito” deve representar os eleitores que votaram nos candidatos ou na legenda daquele partido. Se o candidato “A” foi o mais votado representará os ideais partidários, pressupõe que um determinado número de eleitores ao escolher seu candidato a deputado ou vereador optaram também pelo programa daquele partido, essa é a concepção da existência partidária.
Com a eleição majoritária para o legislativo então que seja decretada a extinção dos Partidos Políticos, e que as candidaturas sejam “avulsas”, não há sentido a existência de partidos políticos, pois a representação se dará pelos mais votados e não pelo partido. Não existirá representação de minorias.
O próprio PT não existiria se essa proposta que hoje aflora tivesse sido implantada quando da sua formação. Naquele tempo lembro que o PT formava uma chapa uniforme, com alguns puxadores de votos, e graças a atual legislação conseguiu crescer e se transformar num grande partido.
Essas propostas de reforma politica são na sua maioria oportunistas, e desejam aniquilar aqueles que sonham com uma nova forma de fazer politica.
Essa questão de que partido politico “nanico” tem somente o objetivo de se vender em ano eleitoral pode até ser verdade, mas não justifica fechar as portas da democracia em virtude de alguns “mercenários”. Só tivemos Fernando Henrique e o PSDB, e Lula e o PT porque se criou novos partidos, com novas lideranças. Foi dada a eles a chance de crescer, e naquela mesma época criou-se outros, mas que não tiveram a capacidade de crescer ou não quiseram, mas o mais importante foi feito, a chance foi para todos, e deve continuar sendo.
Com essa mudança “majoritária” estão querendo introduzir a monarquia. Então que se crie o reinado e feche as portas para o afloramento de novos grandes lideres, que muitas vezes nascem do desejo de fazer um pouquinho diferente.
Nossa Constituição deve ser grafada pelos oportunistas que é proibido sonhar e crescer no Brasil. E já em 2012 as eleições serão imperadas pelo poder econômico ou pela celebridade. Não mais haveremos de ver surgir do nosso povo novas lideranças, com novos programas e ideais. O que veremos é o imperialismo e as oligarquias voltarem a reinar nosso povo.
A melhor reforma politica quem deve fazer é o povo, na urna, não votando em candidatos de partidos que não horam nossa terra e nossa gente.
Pare! Esqueça a Reforma Política. Vamos dar mais tempo para nossas leis. Nosso povo já está se adaptando a Reformar a política e os políticos com o voto. No momento vamos discutir as reformas que estão relacionadas com o crescimento do Brasil, com a distribuição de renda e geração de emprego, com a reforma tributária, entre muitas outras reformas que contribuem com as pessoas. Só assim teremos cada dia mais eleitores aptos a reformar eleição após eleição os maus políticos e partidos.